1 – Saiba quem você é!
Saber que seu estilo expressa a sua personalidade é só o começo. O próximo passo, bem mais difícil, é responder a esta pergunta: quem é você?
Definir exatamente a nossa personalidade pode ser uma tarefa árdua (e cara para quem passa anos na terapia), mas um bom jeito de começar é prestando atenção nos seus gostos.
Não estamos falando só do guarda roupa, mas da turma de amigos, da estante de livros e da prateleira de CDs. Por isso, fique de olho em como se vestem as pessoas que você admira, sejam escritoras, modelos, cantoras, atrizes ou amigas. Você não encontra nelas um pouco de inspiração?
2 – Tenha repertório
Vestir-se é como escrever: se você não tem vocabulário, esqueça, não vai conseguir se expressar. Pode ter certeza de que aquela sua amiga muito estilosa está sempre de olho nas revistas (que mostram as peças da estação e o jeito novo de usá-las), na internet (alguns sites mostram a moda de rua de vários lugares do mundo, uma inspiração ótima. Uma referência e tanto para o mundo da moda são os filmes, e estes são alguns clássicos que você pode conferir:
Bonequinha de Luxo: A atriz Audrey Hepburn tornou o tubinho preto um clássico.
Abaixo o Amor: O figurino foi feito com base nos anos 60.
Hair: O estilo hippie.
Grease: Nos Tempos da Brilhantina – O melhor do estilo college anos 50.
Moulin Rouge: O filme se passa em um cabaré em Paris. Epartilhos maravilhosos.
Blade Runner: O visual cyberpunk dos anos 80 é referência até hoje.
Fama e Flash Dance: A febre das academias de dança dos anos 80.
Dolls: O figurino é do estilista japonês Yohji Yamamoto. De chorar de lindo.
Barbarella: Roupas dos anos 60 inspiradas na viagem do homem à Lua.
3. Encare seu guarda-roupa e faça as compras certas!
Há gente que só tem estampa no armário, mas diz que adora tendências minimalistas. Assim, quando essa pessoa abre o guarda roupa acaba não achando nada que queira usar. Para saber se você sofre desse mal, faça uma lista detalhada com tudo o que você gosta. Depois, pegue essa lista e vá até seu guarda-roupa. Tire o que restou da sua lista e anote o que você adora, mas não tem lá dentro. Outra coisa que ajuda: separe as peças que te vestem bem (que todo mundo elogia quando você usa) e olhe bem para elas: como é a modelagem? Por que você gosta tanto dela? Quando descobrir isso, poderá repetir a fórmula em peças novas. Renovar o guarda roupa é ótimo, mas não precisa torrar uma grana toda vez que quiser algo novo. O ideal é guardar dinheiro para peças de que você gosta muito ou que sejam clássicas (não vão sair de moda tão cedo). Já as coisas que são só uma onda podem ser compradas em lojas mais baratas. Afinal, tudo bem se a qualidade não for tão boa assim: elas vão sair de moda e você vai ter economizado para o que importa.
4 – Conheça seu corpo
Independentemente do que você gosta, existe o que lhe cai bem. E é difícil ter estilo quando você está usando peças que desvalorizam seu corpo. Cada biótipo tem suas vantagens e desvantagens e a regra geral é chamar a atenção para as primeiras e esconder as segundas. Evidencie os pontos fortes com decotes, estampas e detalhes (como bordados e apliques) e esconda os pontos fracos, deixando eles com pouca informação (tecidos lisos, sem detalhes). Dá uma conferida em que tipo de corpo pode encarar o quê.
Baixinhas:
Use: salto (óbvio) e decote V para alongar o corpo. Evite: listras horizontais largas e bicolores, cinto grosso e calça curta porque achatam.
Magrelas:
Use: roupas com estampas porque aumentam o volume e botas de cano médio, que engrossam as pernas. Evite: roupas escuras porque você vai parecer mais magra.
Muito peito:
Use: decotes retos e geométricos porque minimizam o volume. Evite: decotes arredondados ou com babados, que aumentam o volume.
Gordinhas
Use: roupas estruturadas, como camisas e jaquetas. Calças retas e sapatos que deixem os tornozelos livres. Evite: usar roupas molengas porque ressaltam as gordurinhas.
Quadril largo
Use: calças retas porque diminuem o volume do quadril. Sobreposição de vestidos também funciona. Evite: cinto grosso na altura do quadril.
5. Misture estampas
Quando você já estiver se sentindo segura para arriscar, experimente a mistura de estampas. Xadrez com listras, listras com bolinhas, bolinhas com flores. Para a mistura dar certo, escolha uma cor que esteja presente nas duas peças para uniformizar o visual. Florais grandes com pequenos também funcionam, mas, nesse caso, respeite o estilo das flores – hibisco tropical com floral romântico não rola.
6. Dê um toque retrô
Peças de brechó ou as que emprestamos da vó dão um toque exclusivo (já que ninguém vai ter a mesma peça que você – a não ser a sua irmã). Usar uma peça que tem história mostra que você não se prende só nas vitrines.
O segredo é misturar peças vintage com outras mais modernas. Evite usar roupas, acessórios, tudo retrô – vira fantasia. Quem não se sente vontade, mas quer experimentar, pode tentar uma bolsa, um escapulário, um broche.
7. Use o poder dos acessórios
Um acessório transforma o modelito e pode se tornar a sua marca pessoal. Mas um detalhe: os acessórios contam todos uma mesma história. Então, não dá para juntar uma hippie radical no conto da mocinha romântica.Acerte na combinação e veja como eles podem ser úteis: só você tem – por mais que sua amiga tenha uma roupa igual a sua, ela nunca vai combiná-la do mesmo jeito que você. A menos que queira te copiar-, levanta a produção – uma boa bolsa levanta qualquer look: ela pode dar um toque chique ou despojado – e desvia a atenção – um colar chama atenção para o decote e desvia o olhar de outras partes do corpo. Brincos voltam os olhares para o rosto e piercings, idem. Se você está acima do peso, use pulseiras e desvie a atenção para os braços.
8. Quebre, mas crie harmonia!
Essa dica é para quem quer ousar, mas não quer parecer pretensiosa. Use uma peça que contraste com o restante do look: esse é o princípio do visual hi-lo, que consiste na combinação de peças de origens opostas.
Por exemplo: peças muito femininas com peças masculinas, peças esportivas com roupa de balada e por aí vai. Mas, não é porque as peças são de origens opostas que elas podem destoar completamente.
Procure o elemento que liga uma peça à outra (pode ser a cor, a textura, o material) e use-as de forma que o resultado final seja agradável para os olhos.
9. Encare o espelho e seja você mesma
Gente que assume o estilo nem sempre agrada a todos. Rolam comentários bobos e até preconceito, portanto, você tem que filtrar o que escuta. O espelho é o juiz. Se depois de encará-lo, ficar insegura, troque a produção. Quem realmente tem estilo nunca parece desconfortável dentro da roupa. Afinal, é preciso confiar no que você está vestindo para bancar o look. Estar confortável na roupa é o mais importante para parecer natural.
10. Divirta-se!
Encare a história de ter mais estilocomo uma brincadeira e experimente! Para descobrir as coisas de que você gosta, vai ter que experimentar todo o seu armário. Faça várias combinações, misture coisas que nunca tinha misturado antes. Depois, vá ao shopping sem dinheiro, entre em todas as lojas (principalmente naquelas onde você nunca entraria) e, mais uma vez, experimente, experimente… Você vai sair de lá cheia de idéias – não só do que vestir mas do que nunca usar também!