A cafeína talvez seja o estimulante mais abundante em nossa dieta diária. Está presente na alimentação do brasileiro, principalmente sob a forma de cafés, chás, refrigerantes tipo cola e até nos chocolates. Como agente ergogênico, a cafeína é muito utilizada graças ao seu poder estimulante. Ela é rapidamente absorvida pelo organismo (já pode ser detectada no sangue após 15 minutos de sua ingestão) e atinge o pico de ação uma hora após sua ingestão, afetando muitos tecidos corporais.
Apesar de parecer tão “íntima” nossa, os estudos científicos sobre a cafeína ainda não são conclusivos e, na realidade, apresentam resultados bastante diversos, sendo necessário maior aprofundamento para que conheçamos melhor seu mecanismo de ação e seus potenciais benefícios ou malefícios para o corpo humano. Tratando-se especificamente de atividades físicas, as ações da cafeína são duas: no sistema nervoso central e diretamente no tecido muscular. No cérebro, estudos indicam que a cafeína parece ter ação direta na região cerebral responsável pela percepção da fadiga, retardando assim, a percepção do cansaço ao esforço. Já no tecido muscular, parece melhorar a performance por aumentar oxidação de gordura e diminuir a utilização de carboidratos como fonte energética e também por otimizar a contração muscular em si. Estudos também indicam que a cafeína apresenta melhores resultados em provas de longa duração, sendo ainda controversa a sua ação em provas curtas e rápidas. Mas deve-se ter cuidado: a cafeína também tem um elevado poder diurético podendo levar à desidratação, o que prejudica muito o desempenho do atleta. E, além disso, ela também é um poderoso irritante gástrico e sua utilização é contra-indicada para aqueles que sofrem com os problemas de estômago.
Fonte: O2